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20 jan
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Márcia ressalta os 2 anos de vacinação contra covid: “Momento histórico”

Nesta sexta-feira, 20 de janeiro de 2023, completam-se dois anos do início da vacinação contra covid-19 em Curitiba. É uma data histórica. Trata-se da maior campanha de imunização já feita na capital.

“A chegada da vacina representou o começo do fim da pandemia. Foi um alívio muito grande para todos”, lembra a deputada eleita Márcia Huçulak. “Essa vacina é um dos grandes feitos da ciência, desenvolvida rapidamente a partir de pesquisas já iniciadas. Isso mostra a necessidade de apoiar a ciência o desenvolvimento de pesquisa.”
Ex-secretária de saúde de Curitiba, Márcia foi responsável por toda a vacinação, bem como por todo o combate à pandemia na capital, até abril do ano passado, quando deixou o cargo para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.
Ela destaca que a imunização foi — e é — o principal instrumento de controle de uma doença responsável pela mais complexa crise de saúde mundial em pelo menos cem anos.

Esforço e orgulho
Márcia recorda com orgulho a mobilização e motivação da equipe de Saúde da capital.

Outras ações da Márcia enquanto gestora

A ex-secretária lembra que foi um período de grande pressão, que exigiu um esforço excepcional da Secretaria e de todo o sistema de saúde da capital. Destacada pelo prefeito Rafael Greca, Márcia liderou todo esse trabalho.
“Quando a vacina chegou, foi como uma lufada de motivação no enfrentamento da covid, que já estava perto de completar um ano”, conta. “Estava todo mundo muito animado em fazer a vacina chegar o mais rapidamente possível às pessoas.”
“Enfermeira que sou, tive a honra de aplicar na servidora da Saúde Silvana Maria Bora a primeira dose do imunizante na capital”, relata Márcia, que após estruturar toda a campanha foi para a linha de frente aplicar o imunizante.
De acordo com o Plano Nacional do governo federal, as equipes de saúde faziam parte do grupo prioritário de imunização, pela alta exposição ao vírus.
“Foi um momento muito especial. Quem trabalha com Saúde sabia: mais vidas seriam salvas a partir daquela primeira dose.”

5 milhões
De lá pra cá foram mais de 5,2 milhões de doses aplicadas na população curitibana.
Para se ter uma ideia do tamanho deste trabalho, até o início da pandemia, Curitiba, que é referência nacional em eficiência de programas de imunização, aplicava em média 2 milhões de doses por ano de cerca de 20 imunizantes para outras doenças.

Gestão
A fim de dar conta dessa demanda excepcional, Márcia redesenhou toda a estrutura para atendimento da população. Ergueu o Pavilhão da Curitiba no Parque Barigui (instalado em tempo recorde), abriu postos de drive-thru (especialmente importantes para facilitar a aplicação nas pessoas mais idosas) e organizou toda a rede de saúde da cidade para dar vazão rápida ao fluxo da vacinação.
“O resultado que obtivemos em Curitiba é um orgulho profissional que vou guardar para o resto da minha vida”, diz Márcia, que a partir de fevereiro começa seu mandato na Assembleia Legislativa do Paraná.
O trabalho realizado resultou que Curitiba teve um dos melhores resultados no combate à covid do país. “Muitas vidas foram salvas.”

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20 jul
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A Dama de Ferro da Saúde

Perfil publicado na Gazeta do Povo e no portal de Reinaldo Bessa.

https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/reinaldo-bessa-vozes/a-dama-de-ferro-da-saude/

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11 jul
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G1: primeiro dia sem internação de covid

https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/03/23/apos-dois-anos-de-pandemia-curitiba-registra-1o-dia-sem-internacao-por-covid-diz-secretaria.ghtml

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04 jul
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Lideradas por Márcia, ações de combate à covid salvaram milhares de vidas

Liderado por Márcia Huçulak, o trabalho realizado em Curitiba de controle da covid-19 e atendimento dos pacientes resultou em milhares de vidas salvas.

O resultado pode ser estimado com base na taxa de letalidade da doença na capital paranaense, que ficou abaixo da média nacional e muito inferior a de outras grandes capitais. 

Em resumo: a gestão da pandemia na cidade evitou um número de mortes que poderia ser até o dobro do registrado, caso o resultado na capital paraense tivesse sido o mesmo de outras cidades.

Em Curitiba, a taxa de letalidade ficou em 1,7%, o que quer dizer que houve 1,7 morte para cada 100 infectados pela covid-19. No total, até 28/6/22 ocorreram 8.363 mortes na capital.

Caso Curitiba tivesse registrado a mesma taxa do Rio de Janeiro (3,4%), por exemplo, o número de mortes seria mais que o dobro — ou seja, teria ultrapassado 16 mil, ou cerca de 8 mil mortos a mais além das que ocorrem na cidade.

Curitiba teria quase 2.000 mortos a mais se sua taxa de letalidade tivesse ficado na média nacional (de 2,1%) e não na que conseguiu (1,7%).

“São em momentos como a pandemia que aparece de maneira muito clara a importância da boa gestão de saúde”, diz Marcia que comandou o combate à covid-19 como secretária municipal da Saúde de Curitiba.

“Todas as ações que tomamos tinham o objetivo claro de preservar o maior número possível de vidas. Sabemos a dor e o impacto que cada perda traz para as famílias”, afirma a ex-secretária.

Veja a taxa de letalidade em outras capitais: Rio de Janeiro (3,4%), Fortaleza (3,1%), São Luiz (4%), Belém (3,8%), Recife (2,6%), Porto Alegre (2,3%) e São Paulo (2,1%).

Clique aqui para ver as ações tomadas durante a pandemia.

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16 maio
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Veja galeria de imagens da sessão solene da Enfermagem na Alep

A sessão solene “Enfermagem: força do cuidado, compromisso com a vida” foi realizada nesta sexta-feira (16/05), na Assembleia Legislativa do Paraná, por proposição da deputada Márcia Huçulak (PSD).

Foram homenageadas 47 profissionais da área.

Clique aqui e saiba mais sobre o encontro.

Galeria de imagens.

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16 maio
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“Enfermagem: força do cuidado, compromisso com a vida”: sessão ressalta importância da profissão

Por Thaís Faccio, da Assembleia Legislativa do Paraná.

“Enfermagem: força do cuidado, compromisso com a vida”. Esse foi o tema da sessão solene promovida pela deputada Márcia Huçulak (PSD), nesta sexta-feira (16), no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná. O encontro teve como objetivo homenagear mais de 40 profissionais com atuação destacada na enfermagem em cinco categorias: gestão, assistência, pesquisa, academia e empreendedorismo. “É uma justa homenagem a quem contribuiu e continua contribuindo com uma profissão imprescindível, que vem ganhando cada vez mais protagonismo e ocupando mais espaços na Saúde”, afirmou a deputada que é líder do Bloco Parlamentar da Saúde da Alep.

“A enfermagem é o cuidado das pessoas e sem a enfermagem não tem cuidado”, afirmou Huçulak, ao explicar que você pode fazer uma cirurgia com o melhor cirurgião, mas o pós-operatório, com todos os cuidados, com drenos, com curativos, com medicações, com sinais vitais, é feito pela enfermagem, que está à beira do leito 24 horas, que está ao lado das pessoas na atenção primária, nas urgências. Para a deputada, que é enfermeira formada pela PUC/PR e ex-secretária de Saúde de Curitiba, é uma justa homenagem, principalmente para quem viveu um momento muito triste como foi a pandemia. “Foram esses profissionais que fizeram tudo que foi possível para salvar vidas no nosso Paraná, na nossa capital Curitiba, em todos os municípios do Paraná, então mais do que nunca a gente precisa reconhecer quem cuida da vida, a vida é o nosso bem maior”.

Clique aqui e veja a reportagem completa no site da Alep.

Clique aqui para ver a galeria de fotos e aqui para ter acesso à integra do encontro no Youtube.

Márcia Huçulak e Neuza Aparecida Ramos (homenageada): referências da Enfermagem no Paraná. (Fotos: Orlando Kissner/Alep.)

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14 maio
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Proposição de Márcia Huçulak, sessão solene homenageia profissionais de destaque na Enfermagem

A Assembleia Legislativa do Paraná realiza na próxima sexta-feira (16/05) uma sessão solene em homenagem a cerca de 40 profissionais com atuação destacada em Enfermagem, nas áreas de gestão, assistência, academia e empreendedorismo – entre elas, pioneiras no desenvolvimento da profissão no Paraná.

O encontro “Enfermagem: força do cuidado, compromisso com a vida” acontece a partir das 9 horas, no plenário da Alep.

“É uma justa homenagem a quem contribuiu e continua contribuindo com uma profissão imprescindível, que vem ganhando cada vez mais protagonismo e ocupando mais espaços na Saúde”, afirma a deputada, enfermeira formada pela PUC-PR e ex-secretária de Saúde de Curitiba.

A homenagem é uma ação alusiva à Semana da Enfermagem, que ocorre anualmente entre 12 e 20 de maio. Em sua 86ª edição, busca valorizar e reconhecer a profissão, além de debater o cenário e os desafios do setor.

Habitualmente neste período, associações de classe, como Conselho Regional de Enfermagem do Paraná e Associação Brasileira de Enfermagem (Aben-PR), no âmbito estadual, e Conselho Federal de Enfermagem, no âmbito nacional, realizam encontros e debates – no Paraná, este ano o tema é saúde mental.

De acordo com Márcia Huçulak, que abordou o assunto em discurso na última segunda-feira (12 de maio) no plenário da Casa, a Enfermagem é a maior força de trabalho de qualquer sistema de Saúde. São mais de 145 mil profissionais no Paraná e 3,1 milhões no Brasil.

O protagonismo também é crescente, com profissionais da área ocupando cada vez mais espaços nas gestões pública e privada.

“Estamos presentes em todos os serviços de saúde, no empreendedorismo, no ensino e na pesquisa”, disse Márcia. “Buscamos aperfeiçoamento permanente, frequentando cursos, especializações, mestrado, doutorado.”

Serviço

  • Sessão solene: “Enfermagem: força do cuidado, compromisso com a vida”.
  • Proposição: deputada Márcia Huçulak (PSD)
  • Sexta-feira, 16 de maio de 2025.
  • 9 horas
  • Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.

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12 maio
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Semana da Enfermagem: “Somos a profissão do passado, do presente e do futuro”, diz Márcia

A deputada Márcia Huçulak (PSD) destacou nesta segunda-feira a Semana da Enfermagem, que ocorre em todo o país entre os dias 12 (Dia do Enfermeiro) e 20 de maio (Dia do Técnico e Auxiliar de Enfermagem).

A ação está em sua 86ª edição. Além de promover a valorização dos profissionais, contribui para debater o cenário atual e os desafios deste setor da saúde, que reúne mais de 145 mil profissionais no Paraná e 3,1 milhões no Brasil.

“A enfermagem é a maior força de trabalho no âmbito da saúde”, disse Márcia, enfermeira formada pela PUC-PR e ex-secretária de Saúde do Paraná. “Cada vez mais os profissionais da Enfermagem são imprescindíveis para o cuidado das pessoas. Somos a profissão do passado, do presente e do futuro. Desde os primórdios, a nossa história é de coragem, resiliência e dedicação.”

Márcia lembrou também dos avanços da profissão nos últimos anos. “Estamos presentes em todos os serviços de saúde, no empreendedorismo, no ensino e na pesquisa”, disse. “Buscamos aperfeiçoamento permanente, frequentando cursos, especializações, mestrado, doutorado.”

“Não existe mais a postura de meros satélites gravitando em torno de outros profissionais”, completou.

Ações na semana

No Paraná, o tema da Semana da Enfermagem é “Saúde Mental e Bem-Estar do Profissional de Enfermagem”. Haverá ao longo do mês uma série de atividades em várias cidades do Estado.

“Que seja um momento de reflexão, de agradecimento e de compromisso com a valorização e o cuidado dos nossos profissionais”, disse.

Sessão solene

Na próxima sexta-feira (16/05) a deputada realiza uma sessão solene alusiva à Semana da Enfermagem.

O encontro “Enfermagem: força do cuidado, compromisso com a vida” prestará homenagem a cerca de 40 profissionais com atuação de destaque no Estado, nas áreas da assistência, gestão, empreendedorismo e acadêmica.

O evento ocorre às 9 horas, no plenário da Alep.

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29 abr
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Márcia Huçulak lamenta morte e enaltece trabalho do cientista Marco Aurélio Krieger

A deputada estadual Márcia Huçulak (PSD) enalteceu o trabalho do cientista Marco Aurélio Krieger, que morreu nesta segunda-feira (28/04), aos 60 anos, no Rio de Janeiro, onde ocupava o cargo de vice-presidente da Fiocruz (a Fundação Oswaldo Cruz).
“Deu grandes contribuições à ciência brasileira”, destacou Márcia, em discurso no plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (29/04). “Trouxe várias iniciativas importantes da Fiocruz para o estado, especialmente na coordenação do Instituto de Biologia Molecular do Paraná.” Krieger foi decisivo na instalação do IBMP, ocorrida em 1999.
Filho do geneticista curitibano Henrique Krieger e de Ester Proveler, nasceu nos Estados Unidos quando o pai fazia doutorado no país. Foi sobrinho do ex-governador Jaime Lerner e de Fani Lerner.
A deputada encaminhou voto de pesar da Assembleia Legislativa à família de Krieger, que deixa dois filhos e duas netas, além da mulher, Sirlines Krieger. “Meus sentimentos à família por essa grande perda”, disse Márcia.

Referência

O pesquisador era uma referência nas áreas de imunização e vacinas. Desde 2017, ocupava o cargo de vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz, uma das mais importantes instituições de Saúde e Ciência do Brasil.
A deputada destacou o currículo e a importância do trabalho do pesquisador. “Ele foi fundamental durante a pandemia de covid-19, no desenvolvimento da tecnologia necessária para o diagnóstico rápido da doença e na produção da vacina”, afirmou.
Comunicador nato, foi uma das principais vozes públicas da fundação durante a pandemia.
Krieger tratava de um câncer e faria 61 anos no próximo domingo, 04 de maio.
“Trabalhou até seus últimos dias no projeto de desenvolvimento da plataforma de mRNA”, lembrou Márcia, sobre a inovadora tecnologia de RNA mensageiro para vacinas. “Também foi o responsável em levar o cart-cell (terapia com células) para a Fiocruz e via com grande entusiasmo o potencial dessa tecnologia para o tratamento de cânceres e outras doenças raras.”

SUS mais robusto

De acordo com a Fiocruz, o pesquisador teve papel crucial no desenvolvimento do progama Inova Fiocruz. Sua gestão tornou mais robusto o fomento a pesquisas e estratégias para saúde pública.
Entusiasta da inovação tecnológica, Krieger sempre esteve empenhado em incorporar novas vacinas, fármacos e produtos ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Márcia lembrou que ele é responsável por seis patentes na área de saúde, além de autor de diversas publicações científicas.

Formação e carreira

Formado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná, fez mestrado e doutorado (em biofísica) na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entre os diversos cargos que ocupou, foi diretor-adjunto de Desenvolvimento Tecnológico, Prototipagem e Produção do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), coordenador do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e coordenador-técnico da Unidade de Produção da Fiocruz para Diagnóstico de Ácido Nucleico.

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24 abr
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Reunião debate eficácia e obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19

por Felipe Bottamedi, da Assembleia Legislativa do Paraná.

A Assembleia Legislativa do Paraná recebeu na manhã desta quarta-feira (23) uma reunião entre o Conselho Estadual de Saúde do Paraná (CES-PR), a Comissão e o Bloco Parlamentar Temático de Saúde Pública para debater a eficácia e a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19. O encontro foi solicitado pelo próprio órgão colegiado após os deputados Ricardo Arruda (PL) e Marcio Pacheco (PP) questionarem a eficácia e a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para crianças durante discursos na tribuna da Alep.

Cerca de 20 dos 38 membros do CES-PR compareceram ao Auditório Legislativo – a entidade é composta por usuários, gestores, trabalhadores e prestadores de serviços da saúde no Paraná, no setor público e privado. Eles foram representados na mesa pelo presidente do órgão, Fábio Stahlschmidt. Compuseram a mesa ainda o presidente da Comissão da Saúde Pública, Tercilio Turini; e os deputados integrantes Márcia Huçulak (PSD), presidente do Bloco Temático de Saúde Pública; Dr. Leônidas (CDN), Luis Corti (PSB), Márcio Pacheco (PP) e Pedro Paulo Bazana (PSD). O deputado Ricardo Arruda (PL) também fez parte.

O encontro foi uma oportunidade para a entidade e os parlamentares marcarem suas posições sobre os temas.

Nota de repúdio

A CES-PR entregou uma nota de repúdio, aprovada por unanimidade pelos conselheiros no fim de março, indicando que falas proferidas por Arruda e Pacheco “ignoram evidências científicas, colocando vidas em risco e fomentando desinformação sobre a imunização infantil”. O texto destaca que a imunização é segura e eficaz e que a recusa individual compromete toda a população. Cita ainda, entre outras coisas, que as falas não têm base científica e ampliam a hesitação vacinação, o que faz ressurgir doenças erradicadas.

Segundo Stahlschmidt, há um efeito dominó: questionar a imunização da Covid-19 gera desconfiança sobre as demais. “Expõe a população a riscos desnecessários, compromete políticas públicas e investimentos na saúde”, destacou. Ele apontou ainda dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indicam, devido à vacinação ampla, uma redução de três milhões de mortes por ano.

O deputado Tercilio Turini (MDB) destacou um artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) no último ano no qual a vacinação contra a Covid-19 é recomendada por 85% dos pediatras entrevistados – num universo de 980 médicos. “Eu sou totalmente favorável e sempre recomendei”, ressaltou o deputado.

Huçulak, proponente da reunião, relembrou sua experiência como secretária de Saúde em Curitiba durante a pandemia de Covid-19. “Entre as capitais com mais de um milhão de habitantes, tivemos a menor taxa de letalidade. As curvas [epidemiológicas] mostram: quando começamos a vacinar idosos, eles pararam de morrer”, frisou. “É uma lástima que essa casa de leis sirva de pessoas que subam na tribuna sem conhecimento de metodologia científica ou como se elabora uma vacina.” 

Deputados questionam obrigatoriedade

O deputado Ricardo Arruda repudiou a posição do CES-PR. “Eu sou favorável a todas as vacinas, mas não a esse experimento, que nem vacina é”, rebateu, se referindo ao imunizante contra a Covid-19. Para além de criticar a obrigatoriedade, o parlamentar acredita que o imunizante é ineficaz, gera problemas de miocardite, pericardite e morte súbita. Arruda acredita que os problemas são os imunizantes fabricados com RNA mensageiro, tecnologia utilizada para a produção da vacina Pfizer. O parlamentar citou estudos que embasam suas opiniões, como o livro The Pfizer Files.

Márcio Pacheco (PP) frisou que a sua oposição é restrita à obrigatoriedade, ressaltando que é favorável à realização de campanhas e a recomendação do imunizante contra a Covid-19. No entanto, ele crê que é justamente a obrigatoriedade que gera a hesitação vacinal – quando há recusa ou atraso para se vacinar quando o imunizante está disponível. “Os pais estão com medo da vacina do Covid-19 e estão deixando de fazer as outras vacinas também”, afirmou. 

O deputado criticou ainda a cláusula, prevista em contratos firmados com laboratórios que produzem imunizantes, que prevê isenção de responsabilidade das fabricantes em casos de morte ou outras complicações decorrentes da vacina. “Aqui está o foco, as pessoas tem medo do que não está claro”. 

Dr. Leônidas ressaltou que a vacinação contra o coronavírus é eficaz e contribuiu para a queda de óbitos. Mas, concordando com Pacheco, questionou a obrigatoriedade do imunizante para crianças. “A discussão é: eu sou obrigado a vacinar meus filhos? [A vacina contra a Covid-19] é diferente de outras vacinas, as quais nós sabemos as reações e que estão bem estabelecidas”, afirmou o parlamentar. “Apenas o tempo vai sedimentar todo esse conhecimento”.

Hesitação vacinal

O deputado Bazana também ressaltou riscos de queda nas taxas de imunização de outras doenças por conta das falas antivacinação. “Por causa de alguns políticos, os pais deixam de vacinar contra a pólio, coqueluche e outras doenças. Tem muita gente morrendo e muito pai deixando de vacinar o filho por conta desse tipo de opinião”, afirmou.

“A vacina foi produzida pela ciência. É evidente que surge um estudo hoje e amanhã aparece um outro em contradição”, ponderou o deputado Luís Corti, destacando que a existência de efeitos colaterais está presente não só na vacina, mas em todos os medicamentos. “Antes da vacina, cinco mil pessoas morriam de Covid-19 por dia no Brasil. O efeito dela é inegável”.

Veja aqui o texto no site da Assembleia Legislativa do Paraná.

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24 abr
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Artigo – O ensinamento das nossas avós contra a desinformação na Saúde

Artigo publicado originalmente no jornal Tribuna do Paraná.

*

Por Márcia Huçulak*

Nos últimos anos, a epidemia de desinformação na saúde e, principalmente, sobre vacinas se tornou quase tão grave quanto as doenças em si.

O problema, que chegou ao auge durante a pandemia de covid-19, mostra fôlego e continua a prejudicar não só o combate no campo da Saúde Pública, mas também o necessário e, em grande parte das vezes, saudável debate público sobre o tema.

Tivemos esta semana na Assembleia Legislativa do Paraná alguns posicionamentos de parlamentares sobre vacinas da covid-19. Não chegou a ser um debate propriamente dito, dada a dinâmica dos discursos em plenário.

Mas ficou claro que dois anos após o fim formal da pandemia, a reincidência de desinformação continua na ordem do dia de maneira preocupante, principalmente porque ela é decorrente mais de aspectos ideológicos do que – como deveria ser – epidemiológicos, de respeito à ciência.

Precisamos lembrar o óbvio, que se consolidou em mais de 200 anos desde que o primeiro imunizante foi criado: vacinas são eficazes, seguras e salvam milhões vidas.

Não se pode desprezar um fato amplamente comprovado e comprovável: as vacinas são – sempre – resultado de rigorosos testes clínicos, revisados exaustivamente por comitês independentes de especialistas, o que garante segurança às pessoas e eficácia contra a doença.

Há efeitos colaterais? Como para todos os medicamentos (inclusive uma simples aspirina infantil), pode haver, sim, em ALGUNS casos, numa probabilidade muito reduzida e geralmente situações simples, como uma dor de cabeça, febre, indisposição.

É simplesmente mentiroso espalhar que vacinas provocam enfarte, matam ou carregam chips de controle e outras sandices.

Para combater um inimigo que pode ser incontrolável e invisível (vírus, bactérias ou outros patógenos) é necessária racionalidade, que deve ser a marca de cientistas e gestores responsáveis. A História das grandes epidemias ou pandemias já ocorridas é didática nesse ponto.

A irracionalidade é uma inimiga consistente da ciência. Aliás, a grande batalha da ciência é justamente contra a irracionalidade, a favor da busca de explicações pautadas em dados que comprovem uma hipótese.

Infelizmente, o negacionismo bebe nessa fonte e causa um grande desserviço à saúde das pessoas, ampliado por redes sociais em mensagens de cunho emocional ou irracional, desacreditando os imunizantes, criando problemas fictícios e afastando as pessoas dos postos de saúde.

Vacinas não são de esquerda nem de direita.

O negacionismo usou e abusou de controvérsias durante a recente pandemia de covid-19, negando em larga escala medidas de cunho científico sobre vacinação, transmissão do vírus, necessidade de isolamento, além de criar teorias da conspiração sem pé nem cabeça. Um ataque feroz.

O vírus não negocia com o ser humano. Ele age com o intuito de se reproduzir. Até onde sabemos, os vírus não compartilham noções de “liberdade” como as que nós temos, como seres racionais que devemos ser.

Convém lembrar: a pandemia só acabou por causa da vacina, que também é responsável por manter a covid-19 sob controle.

Se a vacinação diminuir ou parar, o patógeno volta se proliferar no nosso meio! É da natureza dos vírus!

Vale para a covid, para a influenza, para o sarampo, a poliomielite, para a coqueluche e para outras doenças cuja imunização massiva precisa ser feita periodicamente. Sempre!

Vejamos como isso vem se traduz hoje na prática.

Boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) de março, mostra que crianças de 0 a 6 anos representam 18,5% dos casos atuais de covid.

Uma suposta e falsa “proteção” de crianças, entretanto, é usada com freqüência pelo movimento anti-vacina, que vê riscos inexistentes no imunizante.

A única faixa etária com uma proporção maior de infectados atualmente no Paraná é a das pessoas acima dos 80 anos.

Mais de 85% das mortes decorrentes dessas infecções ocorre entre aqueles que não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal (ou seja, não tomaram todas as doses).

Morre quem não se vacinou adequadamente. Inclusive crianças, cuja responsabilidade pela vacina é dos pais ou responsáveis.

Existe efeito mais desestabilizador para qualquer família do que a morte ou uma doença grave de um ente querido?

O que protege mais uma criança: vaciná-la ou não?

Observados os critérios de racionalidade, amor e respeito aos familiares, as respostas me parecem claras.

Outro fator que agrava o problema: os detratores da vacina contra covid-19, podem nem perceber, mas estão jogando contra todas as vacinas do nosso Programa Nacional de Imunização, que tantos avanços trouxe à saúde pública brasileira.

Aflora dessa absoluta distorção a volta de mortes evitáveis de bebês, como foram dois casos de coqueluche ocorridos em Curitiba no ano passado, devido à não aplicação da vacina – que estavam e estão disponíveis em toda rede. Foram 11 anos sem óbitos pela doença.

É muito irracional negar anos de estudos e pesquisas sérias, que descobriram inúmeras vacinas e medicamentos que salvam tantas vidas diariamente. Não teríamos melhorado o diagnóstico de doenças e o controle de cânceres, que nos permitem viver mais.

Quando temos desafios presentes, sempre é bom recorrer ao conhecimento do passado. Que tal resgatarmos um ensinamento de nossas mães e avós, que, com sabedoria, nunca cansaram de repetir? Com saúde não se brinca!

Precisamos ter consciência de que vieses ideológicos estão comprometendo décadas de avanço na Saúde Pública, que tem no Brasil, no Paraná e em Curitiba exemplos de gestão que salvaram milhões de vidas.

*Márcia Huçulak é deputada estadual (PSD-PR), líder do Bloco da Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná e ex-secretária de Curitiba. Tem mestrado em Planejamento de Saúde pela Universidade de Londres e especialização em Saúde Pública pela Fiocruz.

Leia aqui o artigo no site da Tribuna do Paraná.

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22 abr
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AVISO DE PAUTA – Assembleia e Conselho de Saúde debatem desinformação sobre vacinas

*

Atendendo solicitação do Conselho Estadual de Saúde (CES-PR), a deputada estadual Márcia Huçulak (PSD) promove nesta quarta-feira (23/04) uma reunião entre a Comissão de Saúde, o Bloco Parlamentar e o Conselho Estadual de Saúde do Paraná para discutir o impacto da desinformação na cobertura vacinal.

Márcia lidera o Bloco Parlamentar e é vice-presidente da Comissão de Saúde da Alep.

O Conselho vem demonstrando preocupação com discursos que colocam em xeque a eficácia dos imunizantes, valendo-se de desinformações já desmentidas em inúmeras ocasiões.

 Na semana passada, o órgão emitiu uma nota de repúdio ao movimento anti-vacina, que tem ajudado a trazer de volta doenças imunopreveníveis que estavam sob controle no Brasil.

A cobertura vacinal exige índices elevados de imunização entre a população para se manter eficiente.

“A recusa ou o atraso na vacinação coloca em risco não apenas o indivíduo, mas toda a população, especialmente grupos vulneráveis, como idosos, imunossuprimidos e crianças”, disse a nota emitida pelo CES-PR.

Serviço

Reunião: Comissão de Saúde, Bloco de Saúde Pública e Conselho Estadual de Saúde.

  • Quarta-feira, 23 de abril de 2025.
  • Local: Sala da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia.
  • Das 8h30 às 9h30.
  • Proposição Deputada Márcia Huçulak  (PSD).

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09 abr
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Manifesto repudia movimento anti-vacina e alerta para riscos da desinformação

Em reunião com a vice-presidente da Comissão de Saúde e líder do Bloco Parlamentar de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná, deputada Márcia Huçulak (PSD), nesta terça-feira (08/04), membros do Conselho Estadual de Saúde do Paraná (CES/PR) entregaram um manifesto de repúdio a falas anti-vacinação proferidas no Parlamento.

Os representantes do órgão também demonstraram preocupação com a possibilidade de apresentação de um projeto de lei que vise eliminar a cobrança de vacinação nos primeiros anos escolares (tramitação que ainda não teve início na Casa).

O Conselho Estadual reúne gestores, prestadores de serviços, profissionais e representantes dos usuários de Saúde.

O conselheiro Decarlo Cisz Trevisan destacou o risco de comprometimento da chamada “imunização de rebanho” –  quando grande parte da população se torna imune, pela vacinação ou infecção natural. “Temos que tomar a vacina para fortalecer esse sistema. Quanto mais pessoas tomarem, mais pessoas estarão protegidas”, ressaltou Trevisan, que representa o Conselho Regional de Enfermagem no CES.

O manifesto alerta para o perigo da desinformação, na medida em que a disseminação de discursos anti-vacina “não têm base científica e geram um impacto perigoso para saúde pública”.

“Hoje temos baixos índices de vacinação em todas as vacinas. Quando você desestimula o uso de um imunizante, você desestimula o uso de todos”, ressaltou a deputada Márcia Huçulak, em postura defendida esta semana no plenário da Casa.

Os conselheiros entendem que a tentativa de deslegitimar a importância da imunização gera um aumento da “hesitação vacinal” – ou seja, a dúvida sobre aplicar o imunizante –, comprometendo anos de progresso na Saúde Pública.

Um exemplo é a baixa procura pela vacina contra dengue no último ano, além de casos recentes de morte por coqueluche – problema que não ocorria no Brasil há anos. Em 2024, pelo menos dois bebês, de cinco e três meses, morreram por coqueluche em Curitiba, segundo a secretaria municipal de Saúde. Ambos não haviam sido vacinados. Foram os primeiros óbitos em 11 anos.

Ciência

De acordo com o manifesto do CES, os posicionamentos contra vacina ignoram evidências científicas, “colocando vidas em risco e fomentando desinformação sobre imunização infantil”.

O manifesto lembra que a vacinação contra covid-19 salvou milhões de vidas e continua sendo a forma mais eficaz de prevenir hospitalizações, sequelas e mortes causadas pela doença.

“Defender a vacinação não é uma questão ideológica”, diz o documento. “A vacinação não é uma decisão meramente individual, mas um compromisso coletivo que visa a proteger toda a sociedade.”

O documento lembra que a Constituição Federal (artigo 196) determina que o Estado deve garantir ações de saúde pública “para todos os brasileiros”.

O manifesto reafirma o compromisso do Conselho com “a ciência, com a saúde pública e com a proteção da população brasileira”.

Participantes

Participaram da reunião com a deputada Márcia Huçulak os seguintes representantes do Conselho Estadual: Decarlo Cisz Trevisan, Maria Cristina Galacho de Souza, Maria Lúcia Gomes e Maurício Duarte Barcos.

Reunião nesta terça-feira (08/04). Foto: Orlrando Kissner/Alep

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07 abr
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No Dia Mundial da Saúde, Márcia Huçulak destaca importância das vacinas e alerta para covid em crianças

A deputada estadual Márcia Huçulak (PSD) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira, 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, para defender as vacinas, criticar o negacionismo e ressaltar os cuidados necessários com a imunização de crianças.

O nicho de 0 a 6 anos de idade forma hoje o segundo grupo com mais incidência de covid-19 no Paraná. Além disso, o país registra o preocupante retorno de ocorrência de casos, por exemplo, de coqueluche e sarampo devido à diminuição dos níveis de vacinação nos últimos anos.

“As vacinas são eficazes, seguras e salvam vidas – milhões de vidas”, disse Márcia.

De acordo com Márcia, o negacionismo é danoso. “A intenção é desacreditar a ciência e criar condições para interpretações de cunho emocionais e irracionais”, afirmou a deputada, ex-secretária de Saúde de Curitiba. “As vacinas não são nem de esquerda nem direita”, completou, referindo-se ao espectro político que permeia parte do debate sobre os imunizantes.

Defendendo racionalidade do debate, Márcia reforçou que os imunizantes são, necessariamente, resultado de rigorosos testes clínicos, “revisados exaustivamente por comitês independentes, o que garante seguranças às pessoas e eficácia contra a doença”.

No entanto, as vacinas geraram uma das principais controvérsias da recente pandemia de covid-19. “Houve negação em larga escala de medidas de cunho científico”, afirmou, notando que o problema também se repetiu com medidas de “bom senso”, como uso de máscaras e  isolamento social.

O “ataque feroz” às vacinas persiste até hoje. Cerca de 85% das mortes atuais em decorrência da covid-19 ocorrem entre as pessoas que não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal (com todas as doses indicadas).

“Morre quem não se vacinou adequadamente”, disse a deputada.

Vacinação contínua

Márcia reforçou que a pandemia só acabou por causa da chegada da vacina. Mas, “se a vacinação diminuir ou parar, o patógeno volta a se proliferar; é da natureza do vírus”.

Este tipo de problema não é associado apenas à covid, mas a vacinas em geral. “Vale para a influenza [gripe], para o sarampo, para a poliomielite, coqueluche e outras doenças cuja imunização massiva precisa ser feita periodicamente”, afirmou.

Com a queda dos índices que imunização em anos recentes, doenças como sarampo e coqueluche, por exemplo,até então sob controle, voltaram a registrar casos, colocando em risco a população e trazendo preocupação para gestores de Saúde.

“Quem joga contra a vacina da covid, mesmo que não perceba, está jogando contra todas as vacinas, já que o discurso se estende de maneira difusa”, afirma Márcia.

Crianças

As crianças, cuja “proteção” é usada por grupos de negacionistas que vêem problemas inexistentes de segurança da vacina, são hoje o segundo grupo com mais ocorrência de covid-19 no Paraná, de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa, março/2025).

O grupo de 0 a 6 anos soma 18,5% dos casos atuais de covid. O único grupo com maior incidência é o formado por pessoas acima de 80 anos.  Nos últimos dois anos, a covid-19 matou 539 crianças (6 meses a 3 anos) no Brasil, sendo 87 no Paraná.

“Os vieses ideológicos estão comprometendo décadas de avanço da Saúde Pública, que tem no Brasil, no Paraná e em Curitiba exemplos de gestão que salvou milhões de vidas”, disse.  

Outros países

Além do Brasil, Canadá, Alemanha, Irlanda, Grécia, Inglaterra, Costa Rica e Equador são exemplos  de países que recomendam a vacinação contra covid-19 para crianças a partir dos seis meses, bem como o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

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