No início dos anos 1990, Márcia Huçulak era chefe do departamento de regulação da Secretaria de Saúde de Curitiba quando os municípios passaram a ser responsáveis pelo controle da ocupação de leitos.

A medida era boa para as cidades cuja gestão de saúde fosse adequada. Até então, um paciente podia ficar peregrinando de hospital em hospital até encontrar uma vaga de internamento, numa época em que não havia UPAs (unidades de pronto atendimento, responsáveis em receber casos de urgência e emergência médicas).

Márcia formulou, aprovou com o então secretário e implementou uma inédita Central de Leitos na capital.

Com a informatização ainda em desenvolvimento, o sistema passou a centralizar em um só lugar a situação de ocupação de toda rede municipal. 

A regulação ganhou muito em eficiência. Dava para saber quantas vagas havia em cada hospital e dessa forma encaminhar o paciente diretamente para o lugar mais adequado. Acabou o sofrimento de quem precisava ser acolhido rapidamente.

Quase 30 anos depois, o sistema continua trazendo eficiência para a cidade. Só no ano passado, encaminhou quase 41 mil internamentos, atendendo não só capital, mas também cidades da região metropolitana e até do interior do Estado.