Uma proposta da deputada estadual Márcia Huçulak (PSD) incluiu espaço na sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná desta segunda-feira (13/03) para abordar os cuidados relacionados aos rins.
Em alusão ao Dia Mundial do Rim, que é celebrado na segunda quinta-feira de março, o presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia, o médico Paulo Henrique Fraxino, fará uma exposição com base na campanha desenvolvida em todo o mundo pela Sociedade Internacional de Nefrologia: “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”.
O tema abrange o impacto dos desastres naturais para os pacientes de doença renal – como, por exemplo, os deslizamentos em São Sebastião (SP) ou o terremoto na Turquia.
Conhecimento
Márcia Huçulak destaca a importância da prevenção e conscientização para as doenças renais, que normalmente são “silenciosas” e atingem um contingente considerável da população. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, apenas a Doença Renal Crônica afeta em todo o mundo 7,2% da população acima de 30 anos e 46% de quem tem acima de 64 anos.
“Ter conhecimento do tema é o primeiro passo para ajudar a diminuir o impacto na saúde, pessoal e pública”, diz Márcia.
Desastres e tratamentos
Vice-presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia, o médico Renê Scalet dos Santos Neto explica que o tema deste ano, eventos inesperados, é cada vez mais comum em decorrência dos efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo e podem afetar muito quem precisa se tratar de doenças renais.
Estima-se, por exemplo , que cerca de 90 mil pessoas fazem diálise no Brasil; cerca de 9 mil no Paraná. A diálise faz a “filtragem” do sangue por meio de equipamento que substitui o rim. “Muitos pacientes de cidades pequenas fazem tratamento em uma cidade diferente da que mora. Então, se uma estrada é bloqueada por conta de deslizamento, por exemplo, isso tem muito impacto”, diz.
A diálise precisa ser realizada três vezes por semana, sendo que cada sessão dura quatro horas.
O médico explica que as campanhas anuais relacionadas ao Dia Mundial do Rim, procuram vincular o tema com questões correlatas importantes. Em 2021, por exemplo, foi como conviver bem com a doença; em, 2022 foi abordada a educação; em 2020, a necessidade do exame regular de creatinina.
Prevenção
Segundo Scalet, uma em cada dez pessoas tem algum tipo de problema nos rins, em diferentes estágios de gravidade.
Como se trata de doenças cujos sintomas costumam aparecer em estágios mais avançados da doença, a prevenção é fundamental.
De acordo com o médico, entre eles, estão fazer atividades físicas; controlar o peso, a pressão arterial, o consumo de sal, de carne vermelha e gorduras; não exagerar no consumo de álcool e fazer exames regulares de creatinina e parcial de urina (a partir dos 40 anos; sendo hipertenso os exames devem começar antes).
Serviço
O presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia, Paulo Henrique Fraxino, faz a palestra “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”, alusiva ao Dia Mundial do Rim, às 14h30, durante o Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná.
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